Festa em forma de arte

O Santa te convida a passear pela arquitetura de Itajaí para celebrar os 157 anos da cidade

Dizem que cada cidade do mundo pode ser definida em uma palavra. A de Itajaí poderia estar relacionada com a água — as curvas do Itajaí-Açu que traçaram sinuosas seus limites, o vaivém das ondas do mar. Ou talvez com arte, com a cultura tão vibrante que lhe trouxe fama e prestígio. Mas é possível que faça ainda mais sentido chamá-la de liberdade. Para combinar com o desfazer de nós dos barcos de pesca e dos navios que atracam no porto, numa eterna despedida.

Só uma cidade livre poderia fazer florescer a arte. E se pensarmos bem, liberdade tem sido uma constante em sua história. Itajaí começou a atrair o interesse dos colonizadores depois da independência do Brasil, no século 19. Mais tarde, foi por ela que chegaram a Santa Catarina muitos imigrantes que colonizaram o Vale, em busca de uma nova vida. Décadas depois, os angolanos fugidos da guerra civil que assolava seu país procuraram em Itajaí abrigo e refúgio.

Multicultural, Itajaí absorveu em suas paredes e fachadas as influências que recebeu ao longo de seus 157 anos. Vieram açorianos, alemães, africanos. A arquitetura antiga, tão eclética quanto os povos que aqui chegaram, é retrato dessa uma cidade livre, que se abriu para o mundo e enxergou em seu povo o seu retrato.

Parte dos casarões de Itajaí se perdeu com o tempo. Ingratidão de quem não percebeu que derrubou, junto com tijolos e argamassa, um pouco de sua própria história. Mas os que permanecem em pé... ah! Como são belos! Tão diferentes entre si, tão variados culturalmente, mas tão parte de uma mesma cidade.

Nesta quinta-feira, quando Itajaí completa mais um aniversário, nosso convite é para um passeio por alguns dos mais impressionantes exemplares da arquitetura antiga da cidade. Parte deles são imóveis tombados como patrimônio histórico, outros não. Alguns viraram parte da história, outros são memória de família, traduzida em paredes e alicerces. Viaje conosco por uma Itajaí repleta de memória, livre de padrões de estilo e convencionalismos. Simples e bela.


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